sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Rede de Idéias - (Artigos e publicações

"Ensinando" o Computador

A linguagem LOGO tem mais de 25 anos. Durante esse tempo passou por diversas fases: foi concebida nos anos 60, gestada nos anos 70, caminhou pelos anos 80, atingiu a maioridade nos anos 90 e terá sua real maturidade atingida na virada do século (Papert, 1991).

Nesse período, tanto a linguagem como a própria metodologia de seu uso passaram por modificações e adaptações, acompanhando assim o desenvolvimento pedagógico e tecnológico que passámos nos úlimos anos.
Quando foi desenvolvida ela foi considerada bastante arrojada, colocando à disposição dos alunos recursos gráficos pouco comuns e usados quase que exclusivamente no meio computacional.
Hoje, com a disseminação dos recursos visuais e gráficos, presentes em praticamente todos os softwares, o grafismo deixou de ser a inovação do LOGO. Enretanto, a metodologia de uso desta linguagem e a proposta pedagógica que a partir dela é possível implementar - a estética do LOGO - ainda são consideradas bastante revolucionárias e inovadoras, a ponto de serem consideradas um grande desafio, mesmo para aquelas escolas pedagogicamente mais avançadas.
A estética do LOGO consiste em aprender através do processo de "ensinar" o computador. "Ensinar" o computador exige que o aluno utilize conteúdos e estratégias no processo de programar a resolução de um problema ou projeto.
Primeiro, a interação com o computador através da programação requer a descrição de uma idéia, em termos de uma linguagem formal e precisa. Essa descrição permite ao aluno representar e explicar o nível de compreensão que possui sobre os diferentes aspectos envolvidos na resolução de um problema.
Segundo, o computador executa fielmente a descrição fornecida.

O "feedback" fiel e imediato é desprovido de qualquer animosidade ou afetividade que possa haver entre o aluno e a máquina. O resultado obtido é fruto somente do que foi a ela solicitado.
Terceiro, este resultado obtido permite ao aluno refletir sobre o que foi solicitado ao computador.
Finalmente, se o resultado não corresponde ao que era esperado, o aluno tem que depurar a idéia original através de conteúdo ou de estratégia.
O programa do computador nada mais é do que a descrição das idéias do aluno em termos de uma linguagem precisa e formal.

A filosofia construtivista que dá suporte aos pressupostos educacionais do Logo, e não apenas dele, pois trata-se de um dos paradigmas das idéias pedagógicas, ou seja: o paradigma que vê a educação com um processo de desenvolvimento do ser humano, o qual, em condições adequadas obtém o afloramento das suas reais potencialidades, obtendo ao final deste processo, um ser autônomo, que aprende por si próprio, dado que aprendeu a aprender por meio de um processo de investigação, descoberta e invenção, construindo portanto sua própria aprendizagem. Do paradigma centrado no ensino passa-se para o paradigma centrado na aprendizagem; essa mudança de paradigma não consegue ser aplicada na maioria de nossas escolas através de outros meios e outras ferramentas já conhecidos, imaginemos então as reais dificuldades para verdadeiramente praticar os pressupostos desse paradigma, quando necessita-se que o professor aprenda e domine uma nova linguagem, tão diferente do material com que vem trabalhando, e ainda aplique aquilo que muitas vezes não consegue fazer nem com o que já domina plenamente.

Seymour Papert trabalhou com Piaget durante cinco anos, com a atenção
voltada para as crianças, a natureza do pensamento e como as crianças se tornam pensadores. Em 1964, mudou-se para o MIT (Massachussets Institute of Technology - EUA), um mundo de cibernética e computadores. Sua atenção ainda estava focalizada na natureza do pensamento, mas agora se volta à preocupação imediata relacionada ao problema da Inteligência Artificial1: como fazer máquinas que pensem?
A partir da reflexão simultânea de como as crianças pensam... QUER CONTINUAR? leia  http://tecnologiasnaeducacao e em
tatipati.blogspot.com/2007/11/linguagem-logo-.(Tatiana Santos)

pro.br/revista/a1n1/art8.pdf

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leia também: LINGUAGEM LOGO: EXPLORANDO CONCEITOS MATEMÁTICOS

Vanderlei Rodrigues Gregolin
Professor Assistente Doutor da FCLAr/Unesp/Araraquara
e-mail: vgregolin@terra.com.br
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Quer saber mais sobre esta matéria? entre em contato. Núcleo de Tecnologia Educacional - NTE Anápolis  (nina_marya@hotmail.com)  ou o NTE mais próximo da sua escola.

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